quarta-feira, 13 de maio de 2009

PASTELADA IDEOLÓGICA - Parte 1

Pois, é. Eu estou devendo esse post há um mês aproximadamente. Muito trabalho na faculdade e sodomias profissionais me fizeram sumir em relação ao blog e minha vida (Kurt Cobain MODE: ON). Estou de volta, e com uma série de sintomas em relação a tal experiência. Consegui achar um sentimento que unisse as palavras “Brutais” e Catatônicas”. Os diabos de trabalhos que fiz nesse meio tempo fizeram que o RRuivo fosse dilacerado psicologicamente. Ou como se transformasse toda uma enciclopédia de conhecimentos em um fulo verbete, surrado, sujo e moído. Ouvi inúmeras vezes a L.C.D.B. (Lavagem cerebral do Dwarff Boss). Para quem não o conhece, essas são as palavras dele: BACKOFFICE! BACKOFFICE! BACKOFFICE! BACKOFFICEEEEE!
Interlúdio: "Eu estou bem! As paredes estão distantes. Estou bem, ninguém vai me agredir. Você é um mau duende, seu bastardo. Imundo e anão".

-...

É... ô Fase! (Inspired in Rob Gordon)

É nesse momento de desespero que a mãe dá a luz, o marido fuma que nem um inveterado, o Bandido se esconde e a policia atira pra todos os lados. E eu? O que eu faço? Fudeu!
Assim, neste estado, só tenho uma coisa a dizer em prol da minha sanidade mental:

-"Amigo Pomposo", vamos para a Tasca (By Ed)?

-Okei, ele respondeu, ainda com medo de mim.

-Respondi okei e comecei a respirar ar puro e limpo pelas ruas do largo do machado. Começamos a se comunicar, sem assuntos coesos ou polidos, sem mugs ou querys. E lá fui em direção ao meu santo Graal aconcretado, que fica Em laranjeiras, na Rua Alice.

Cheguei antes do de costume, próximo das 19hrs e logo pedi um chopp escuro. Nem vi a falta do garçom que de costume nos serve, e logo a sede pela vida justificou o pedido maltado. No seu lugar, uma carranca de gravatinha nos fala, no seu estado mais puro de mogno esmaltado: Vai querer o quê? A fala me tirou daquele tempo e me jogou em algum lugar do passado, não distante mas, passado. Num dia desses, eu estava indo com o amigo pomposo para a mesma Tasca e deparei com um pasteleiro maluco. O cheiro da massa fritando ao óleo era demais para eu passar direto, ainda mais para o pomposo, que franzia a testa lambendo os beiços. Logo senti o delicadoaroma de garapa no ar.

Pomposo Says:

-Hum, onde tem garapa tem PASTEL DE QUEIJO!

E respondi:

-Tem sim. Vamos comer.

Rápido e objetivo. Na hora certa ele sempre acerta. Mas algo me incomodava. O pessoal estava em uma máquina com rodas, quase uma Kombi, mas com formato de balcão-fritador. Mais parecido com um Megazord dos Power Rangers construído no programa guerra das máquinas. (vejam no Discovery Channel)
Duas Meninas ficavam no caixa, com aventais surrados e sujos - ali seria o estômago da criatura, onde entrava o alimento de tal criatura: o dinheiro! Maldito monstro capitalista. Aventais muito surrados e sujos. Ao lado, um paraíba socava cana pra dentro do Megazord pasteleiro, que cuspia garapa por outro duto, ao mesmo tempo em que grunhia com tons de sofrimento, provavelmente pela delicadeza irracional do nordestino.
Logo a nossa frente, um casal pede um pastel mas esquece de falar do recheio e, graças a este fato, descobri o que é um ser Neanderthal, ou seja, um paraíba das cavernas.

Happy Couple:
- Oi, me vê um pastel!
Neandethal:
- De quê? Carne ou queijo?
Happy Couple:
- Não sei...
(Pensamento passivodo RRuivo MODE:ON) Pelo amor de deus! Como se pode sentir fome, pedir um pastel e não decidir qual deve escolher! Olha a porra da fila, seu viado!
Happy Corno:
- Querida, não sei qual devo pedir. O de carne ou o de Queijo?

Happy Bitch:

- Eu quero o de Queijo. E você?

Happy Corno:

- Acho que quero o de carne...

(Caralho, que puta viado esse hein! Mas calma, agora preciso me controlar. Um, dois, três... Pronto. Estou mais tranquilo.)

Olhei ao redor e vi tudo que havia no lugar, na tentativa de me acalmar. Vi uma galeria feminina, de lingerie, aonde um locutor na entrada anunciava uma bicicleta aro 26 em sorteio, para quem comprasse naquele lugar. Me trouxe dúvidas. Aonde diabos se venderia pastel ao ladode uma penca de lojas de lingerie feminina? Resolvi assistir o impasse do casal. Voltei a si, e ao pastel que estava na minha frente. O amigo pomposo nada disse, mas, notei que seu semblante exprimia a idéia de esbofetear o amnésico senhor á nossa frente. E parecia faltar pouco.
Happy Corno:
- ... querida, você de carne e eu, de carne também...

Happy Bitch:
- Olha aquela calça de lycra! Ta muito barato aqui, vamos ver.

A essa altura, o pasteleiro fritador estava em seu momento culminante de sua profissão: com uma espátula a mão, umbigo no fogareiro e com o óleo a 500 graus no tacho. Seus olhos estavam vermelhos e sua pele reluzia de tanto óleo que havia nele. Ele logo se manifestaria, eu pressupus em relação a sua aparente etnia nordestina. Não deu outra:

Pasteleiro Neanderthal:
- Dois de carne né amigo?
Happy Corno:
- Sim, e...

- Plááa. shhhshshshshhhhhhhhhh!Plááa. shhhshhhhhhhh! (duas porradas de massa caem no óleo escaldante).
Pasteleiro Neanderthal:
- Vai querer o quê pra beber?
Happy Corno:
- Mas eu acho que queria o de queijo.

Pasteleiro Neanderthal:

>>>>> - O QUÊ?DE QUEIJO?!
Agora Corno Acuado:
- Talvez... (abaixa o som da voz)...desculpa...

Pois é, quase me convenci que era apenas uma pastelaria móvel, mas era de fato um Megazord-ferrovelho. E acabara de encontrar um órgão importante da criatura que queimava e grunhia sem parar: O seu centro Nervoso.

Ele é o centro Nervoso! Aquele paraíba era o que provavelmente alertaria a criatura sobre perigos e afins. Parte da criatura encarnada em um cidadão, num formato quase que simbiótico, com sua espátula e óleo flamejante.

A mulher puxa o marido-pastel e aponta mais uma vez para o calabouço cor-de-rosa, o que irrita ainda mais a criatura.

Para a sorte do marido, uma pessoa desistiu do seu pedido e deixou o lugar. O Centro logo se mostrou que era mais que isso, que era o cérebro também.

- QUEM PEDIU PASTEL DE QUEIJO! QUEM FOI! ANDA!

O rapaz fitou o momento e correu para pegar, mas, ao chegar à frente do centro, abaixou a cabeça e disfarçou, pegando umas moedas da carteira, em posição respeitosa.

- (Falando baixo) Eu quero esse. Desculpa. Eu quero esse...

-PASTEL DE QUEIJO!DE QUEIJO! QUEM PEDIU! ANDA! QUEM PEDIU ESSA MERDA!

-Eu... quero... ai...desculpa...

-TOMA! PEGA LOGO!

Notei que o tacho, nesse momento, respingava várias gotas de óleo no NERVOUS e, que ele piscava os olhos cada vez que o tacho estalava em gordura. O rapaz submisso nada mais falou e abaixou mais a cabeça, mexendo em sua carteira atrás de moedas. Era óbvio que ele estava sem graça. E isso acabou deixando as coisas ainda mais complicadas:

-VAI COMER ISSO OU VAI LEVAR ESTA MERDA PRA CASA! Respondeu Rasgadamente Nervhous - o Nheanderthal.

-Vou... comer... isso... Erhh...desculpa...

Nervous joga o pastel num punhado de guardanapos e abre a mão do submisso, dando, literalmente, uma PASTELADA na mão do acuado rapaz: TOMA! E PRA BEBER?

-A mulher responde: Eu quero uma coca-col...

-SÓ TEM GARAPA E GUARAVITA! VAI BEBER O QUÊ?

-Mas eu quero Coc... (o marido, com medo da situação, interrompe a mulher): Mais nada não. Obrigado e Desculpa.

-Eu estava com um pastel flamejante nas mãos e rindo, ao invés de comer ou pedir uma garapa, enquanto o amigo pomposo estava a se matar de rir. Inédito em todos os Blogs e afins.

Continua aqui

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