domingo, 26 de junho de 2011

Aonde estou afinal? Meio, começo ou fim?

Não me sinto bem. Aliás, não me sinto bem desde o carnaval de 2010.Um passado que me assombra até o presente momento. E deve me assombrar por mais tempo. Problemas, ou pressões. Tentei me avaliar e vi que em muitas vezes eu não soube como lidar com certas decisões. Por se tratar de muita coisa que aparece de uma vez só eu acabo deixando pra trás muitas oportunidades, soluções e rumos a seguir na minha vida. Estou me isolando nas últimas 3 semanas.

Os últimos diálogos que mantive foram com meus clientes particulares, subordinados e chefes. Em todos os casos o assunto foi o mesmo: trabalho. Muito trabalho. Em alguns dias tive que faltar a faculdade para trabalhar.  Faltei provas. Fiquei meio sem escolha e acabei sem rumo. Dei prioridade a resolver pendências antigas que são gigantes ao meu ver. Pendências financeiras, é claro. Sinto dizer que esses três dias deixei de falar com muita gente importante na minha vida. Meus avós não me vêm há 3 semanas. Minha namorada também não. Tem amigos que sequer atendi o telefone, ou dei uma posição sobre meu paradeiro ou se estou ocupado/vivo. Confusão.
Conclusões que eu tiro por sí só levam a entender que eu estou perdido entre afazeres e dedicações.

Resolvi escrever para desabafar com o velho e calejado português, uma vez que recobrei conexão de internet com o mundo mas ainda não recobrei a conexão com o meu eu interior. Estou ainda me estudando, e notei que o relatório de tudo isso  vai demorar a sair por completo. Uma das minhas características mais notadas é o abandono da realidade ao meu redor. Sim, o mundo tem problemas, mas isso não quer dizer que se todos tem eu devo suportar os meus calado e quieto. Estou saturado das minha pendências antigas que chego a ser uma figura rabugenta, ou mesquinha de mim mesmo em alguns momentos. Um paralelo ao meu verdadeiro eu. Quem me conhece no cotidiano vai ler esse desabafo virtual e vai se espantar, já que nunca fui um cara de 'desabafar'. Fiquem tranquilos, não há histórico de navegação de sites de suicídio ou de algo ligado a violência nos pcs que eu acesso. Menos mal. 

Acabei de descobrir uma atitude muito usada por mim que reflete para as pessoas como  irresponsabilidade: o meu vício por se manter em silêncio. Pra mim funciona como um pause de controle remoto que se dá no meio do filme, quando queremos parar algo por um momento. O problema é que para os outros ao meu redor, fica aquela pergunta no ar: O que ele está fazendo? e porquê? Para uns, nada pode significar ou é algo normal. Para outros, isso gera um problemaço. E para mim, vira uma bola de neve quando tento me recobrar e voltar aos meus afazeres normais.

Estou empregado, após seis meses sem trampo fixo e sem rescisão (que não foi paga pelo meu último empregador). Voltei a produzir receita fixa, porém estou em contenções de gastos. E nada mais eu penso senão a quitação de uma estupidez minha, que perdura há mais de um ano. Foi uma semana de relativa alegria desligada ao meu cotidiano que me custa dor de cabeça a quase um ano e meio. E isso tira a minha concentração nos afazeres do dia, nos relacionamento íntimos e interpessoais, e no modo no qual eu me comporto. Resumindo tudo isso: me torno uma pessoal sem sal e sem paciência. e isso não é nada legal para as pessoas ao meu redor.

Fiz meus cálculos e percebi que no mês de janeiro de 2012 estarei livre de tal pendência. Com um pouco de sorte, minha rescisão trabalhista sairá no mês de agosto, e a importância teria 4 digitos em espécie ($$$$), podendo chegar a 5 ($$$$$!!!). rsa. um pouco de descontração com a tristeza minha. Tem os meus freelas, aqueles que me tomaram 3 semanas. se eu conseguir alguns atendimentos, consigo amortizar esse tempo todo até janeiro, ou até a rescisão. O chato é que eu tive que levar a justiça para receber os meus direitos recisórios. Uma coisa que ao ver de alguns aparenta, de forma errônea, que a minha pessoa gosta de sacanear os outros (quando na verdade fui sacaneado pelo meu querido ex-chefe). Só quero o que é meu por direito, já que pelo suor merecia uma bela fatia da empresa. Águas passadas e pedra no assunto.

Dizem que Sorte no amor, azar no jogo. E concordo. No lado financeiro vai mal, e no amor veio bem. Muito bem por sinal. Tenho pena de mim por tomar as atitudes minhas que acabaram com a minha sorte no amor. E reflito recentemente nas consequências que isso causaram a ela. Ela não deve estar a vontade comigo neste exato momento. Aliás, daria até razão a ela se ela não considerasse mais o nosso relacionamento como o status 'namorando'. Estou sendo sincero, porém omisso por não falar com ela a 3 semanas. Sempre que me deu a cabeça em ir a casa dela alguém me liga pedindo socorro e suporte técnico. e lá vou eu, que não posso negar um freela sequer com a meta da divida zero em minha vida. só me esqueci que dívida zero também se considera a dívida social, no qual estou em largo débito com ela.

Sei que ninguém vai ler esse post pois não tenho o costume de manter esse blog atualizado. Tenho a certeza de que apenas uma pessoa deve ler esse relato meu. E isso porque eu enviei o link para o email dela. Não espero que ela venha de braços abertos aceitando a minha situação atual, mas espero que ela leia esse relato de um cara que não sabe mais se expressar com tanta falta de organização por parte dele.

Eu gostaria que as coisas fossem mais devagar, mas não é assim que a banda toca. E vou mantendo a minha sanidade dentro daquilo que eu consigo manter. Quando eu puder ser um eu melhor do que o atual, sem maiores preocupações, imagino que eu consiga até ser uma pessoa mais agradável. No mais, deixo aqueles que se importam comigo o meu mais sincero obrigado,  um grande beijo e um confortante abraço.

Essa semana que vai começar me leva a uma conclusão: a de que a minha meta ainda está longe, porém mais perto do que já foi antes desse desabafo. 

Ass. Raoul Duke, on the list!